O prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), o ex-prefeito Vítor Hugo (Avante), o vereador Márcio Silva (União Brasil) e o traficante Flávio de Lima Monteiro, conhecido como Fatoka, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto aliciamento violento de eleitores.
A denúncia também envolve Marcela Pereira da Silva, filha de criação de Fatoka, e Flávia Santos Lima Monteiro, apontada como ligação entre uma facção criminosa e o grupo político investigado.
As acusações são resultado da operação “En Passant”, deflagrada em outubro de 2024 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado). O MPF acusa os investigados de organização criminosa, corrupção eleitoral, compra de votos com violência e peculato — neste último crime, apenas o vereador Márcio Silva não foi incluído.
Durante as apurações, a Polícia Federal encontrou comprovantes de votação e depósitos bancários no celular de Flávia Monteiro. Os investigadores também identificaram a indicação de pessoas ligadas à facção para cargos na gestão pública e monitoraram reuniões entre alguns dos investigados.
O caso já levou à cassação, em primeira instância, do mandato de André Coutinho, que segue no cargo após recorrer da decisão.
As defesas afirmaram que vão contestar as acusações. O advogado do ex-prefeito Vítor Hugo disse que a denúncia já era esperada e que agora terá oportunidade de provar sua inocência na Justiça. Já o advogado de André Coutinho, Walter Agra, declarou que recebeu a notícia com tranquilidade e que há “incongruências e distorções” que podem levar à rejeição da denúncia.
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