A Polícia Federal identificou transações financeiras contingentes que somam cerca de R$ 30 milhões nas contas de Jair Bolsonaro entre março de 2023 e fevereiro de 2024. Entre os registros, destacam-se transferências via Pix e repasses a familiares, incluindo uma operação de R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro realizada um dia antes de um depoimento do ex-presidente. Segundo os investigadores, essa transferência pode ter sido uma tentativa de proteger bens de bloqueios judiciais.
O relatório da PF também revela que Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro recorreram a contas de terceiros para movimentar valores, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro e dissimulação de patrimônio. Mensagens incluídas no relatório mostram conversas em que ambos discutiam estratégias para atuar politicamente e internacionalmente, com tentativas de pressionar instituições.
Em meio às investigações, Eduardo Bolsonaro afirmou que suas ações nos Estados Unidos são respaldadas pela legislação do país e que não há irregularidades em sua conduta. A defesa de Jair Bolsonaro nega qualquer intenção de ocultar patrimônio ou solicitar asilo, apesar de menções do ex-presidente a medidas de proteção internacional em documentos investigados.
O caso reacende o debate sobre transparência e responsabilidade nas relações entre política e finanças no Brasil. Analistas apontam que o desdobramento das apurações pode afetar tanto o clima político quanto a confiança do mercado, exigindo atenção sobre possíveis impactos econômicos e partidários.
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