Nesta segunda-feira (1º), o Implanon, implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel, passa a ser obrigatório nos planos de saúde para mulheres entre 18 e 49 anos. A novidade promete mais do que prevenção: questiona como o país encara planejamento familiar, desigualdade e mortalidade materna.
O Ministério da Saúde anunciou que o SUS também vai distribuir o dispositivo. Até 2026, estão previstos 1,8 milhão de implantes, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento de R$ 245 milhões. O método atua por até três anos sem necessidade de manutenção diária e permite que a fertilidade retorne rapidamente após a remoção.
Diferente de pílulas ou injetáveis, que dependem da rotina da usuária, o Implanon pertence à categoria LARC (contraceptivos reversíveis de longa duração), reconhecida por sua eficácia e independência do uso contínuo. Para especialistas, é uma oportunidade de reduzir gestações não planejadas e mortalidade materna, mas também evidencia desafios históricos do país: desigualdade no acesso à saúde, desinformação e resistência cultural a políticas de planejamento reprodutivo.
O Implanon não é apenas um implante: é um teste de capacidade do sistema de saúde em combinar tecnologia, prevenção e direitos das mulheres, oferecendo uma solução prática a um problema persistente.
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