O cinema brasileiro, tão acostumado a disputar espaço em festivais internacionais, acaba de escrever uma linha inédita na própria história. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, já coroado com o Oscar de melhor filme internacional, conquistou agora o Grand Prix FIPRESCI, prêmio máximo da Federação Internacional de Críticos de Cinema. É a primeira vez que o troféu de “melhor do ano” vai parar em mãos brasileiras.
A votação, que reuniu nada menos que 739 críticos de 75 países, dá dimensão do feito. O reconhecimento, afinal, não vem de um júri restrito ou de uma plateia doméstica, mas de um painel global de olhares diversos. Salles, veterano de festivais, receberá a estatueta em 19 de setembro, durante a abertura do Festival de San Sebastián.
O prêmio, que já consagrou gigantes do cinema europeu e asiático, agora tem sotaque brasileiro. E não deixa de ser irônico: enquanto por aqui ainda discutimos se o cinema nacional “pega público”, lá fora a crítica mundial parece já ter dado sua sentença, o Brasil não apenas está presente, mas está no topo.
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