O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, procurou afastar qualquer apreensão sobre o impacto da Lei Magnitsky nas instituições financeiras brasileiras. Em uma entrevista recente, Galípolo ressaltou que o BC está acompanhando de perto a situação, mas descartou qualquer preocupação em relação a novas sanções, principalmente no que diz respeito aos bancos nacionais.
“Estamos monitorando o cenário, mas a verdade é que o que mais chama atenção são as razões por trás dessas sanções. A questão envolve, em grande parte, questões políticas que não afetam diretamente os bancos ou o sistema financeiro como um todo”, afirmou Galípolo, tranquilizando o mercado.
O contexto para as declarações do presidente do BC se deu após os Estados Unidos aplicarem a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No fim de julho, Washington justificou a sanção alegando que Moraes estaria envolvido em ações que violam direitos humanos, incluindo a repressão política a figuras de oposição, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Tesouro dos EUA, por meio de seu secretário Scott Bessent, destacou que as sanções são uma resposta à “campanha opressiva” do ministro, que seria responsável por “detenções arbitrárias” e a violação de direitos fundamentais. Galípolo, no entanto, apontou que o foco do Banco Central está no acompanhamento da situação, sem que isso gere riscos imediatos para o setor bancário no Brasil.
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