Neste domingo (7), o Vaticano elevou à santidade Carlo Acutis, adolescente italiano morto de leucemia aos 15 anos e conhecido como “padroeiro da internet”. A cerimônia foi presidida pelo papa Leão XIV na Praça de São Pedro e marcou a primeira canonização do pontífice, que também incluirá Pier Giorgio Frassati, outro jovem italiano reconhecido por seu trabalho junto aos necessitados.
A história de Acutis combina fé e tecnologia. O jovem aprendia programação para criar sites que divulgavam o catolicismo e conscientizavam sobre o uso responsável da internet. Sua mãe, Antonia Salzano, afirma que ele se tornou um modelo para os jovens ao usar o mundo digital para o bem, alertando sobre vícios e promovendo limites, como jogar apenas uma hora semanal em videogames.
Embora nascido em Londres, Acutis passou a maior parte da vida em Milão, Itália, vivendo uma rotina comum para um adolescente de classe média: estudava, praticava esportes e cultivava bom humor. Seu túmulo em Assis, onde está sepultado vestindo roupas casuais, é visitado por quase um milhão de pessoas ao ano, e há ainda um santuário dedicado a ele em Malvern, Pensilvânia.
A canonização ocorre após dois milagres reconhecidos pela Igreja. O primeiro, em 2013, aconteceu no Brasil, em Campo Grande, onde uma criança com malformação congênita foi curada após tocar roupas de Acutis expostas em uma igreja local. O segundo milagre, aprovado pelo papa Francisco, envolveu a recuperação inesperada de uma mulher em Florença, em 2022.
Beatificado em 2020, Acutis é agora elevado à mesma condição de santos como Madre Teresa e Francisco de Assis, consolidando seu papel como figura inspiradora da juventude católica global e símbolo da evangelização digital.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo canal do Vaticano no YouTube, permitindo que fiéis de todo o mundo acompanhem a canonização do jovem que uniu fé e tecnologia de forma inédita.
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