O tão sonhado túnel que unirá Santos e Guarujá saiu do papel. A portuguesa Mota-Engil Latam Portugal levou o leilão deste projeto inédito no país, com proposta de desconto de 0,5 % sobre a contraprestação pública prevista, derrotando a concorrente espanhola Acciona Concesiones.
Com orçamento estimado em R$ 6,8 bilhões, o empreendimento será viabilizado por meio de uma parceria público-privada (PPP), na qual os governos federal e estadual arcarão com R$ 5,14 bilhões, o restante ficará a cargo da iniciativa privada.
São 1,5 km de extensão planejados, dos quais cerca de 870 metros serão imersos sob o canal portuário. A estrutura contemplará três faixas em cada sentido, além de ciclovia, passagem para pedestres e espaço reservado para VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
A ideia, debatida desde 1927, finalmente avançou com força após ser incluída no Novo PAC. A técnica de imersão foi escolhida por sua adequação ao solo arenoso da região e pelos ganhos ambientais, pois exige menos desapropriações e menor impacto visual comparado a uma ponte.
O túnel promete reduzir o tempo de travessia entre as duas cidades de até uma hora, via rodovia ou balsas, para apenas poucos minutos . A expectativa na Baixada Santista é que a obra dinamize a região, impulsione o turismo, regenere o Porto de Santos e estimule novos investimentos em Guarujá .
Com duração prevista de concessão entre 30 e 32 anos, a Mota-Engil assumirá também a operação e manutenção do túnel, sob supervisão da ANTAQ e da ARTESP.
O primeiro túnel submerso do país está pronto para se tornar realidade e, com ela, inaugurar um tempo novo na mobilidade e na integração da Baixada Santista.
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