Os cientistas têm uma razão a mais para sorrir. A camada de ozônio, que tem a missão nada fácil de proteger a Terra da radiação solar ultravioleta, mostrou sinais robustos de recuperação no ano passado, segundo dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Pela primeira vez em muito tempo, o buraco registrado sobre a Antártida foi menor que a média dos últimos 20 anos, um alívio, mas não motivo para relaxar.
Desde que o mundo acordou para o perigo dos clorofluorocarbonos (CFCs), substâncias que destróem o ozônio, a ação global para banir esses produtos tem dado frutos. De acordo com a OMM, mais de 99% das substâncias nocivas à camada de ozônio foram eliminadas após a adoção do Protocolo de Montreal, há quatro décadas. Os números agora são promissores: em 2023, a recuperação da camada de ozônio alcançou níveis que não se viam há décadas, com um dos mais altos índices de ozônio registrados nos últimos anos.
É um marco importante, sim, mas um lembrete também: o trabalho não está concluído. O ozônio ainda precisa de proteção e, embora o uso de CFCs tenha caído drasticamente, a vigilância deve continuar. O que a ciência nos mostra é que quando a colaboração global acontece, resultados positivos surgem, mesmo quando a tarefa parece hercúlea. No caso da camada de ozônio, o planeta respira com mais alívio.
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