A Justiça da Paraíba concedeu, nesta quarta-feira (17), liberdade provisória a cinco policiais militares suspeitos de participação na morte de cinco jovens, em fevereiro deste ano, no município do Conde, na Grande João Pessoa. Eles estavam presos na carceragem do 1º Batalhão da Polícia Militar e já haviam conseguido decisão semelhante anteriormente, mas se recusaram a deixar a prisão por não aceitarem o uso de tornozeleira eletrônica.
Na nova decisão, a juíza substituta da Vara Única do Conde, Hígyna Josita Simões de Almeida, entendeu que não havia necessidade de monitoramento eletrônico, alegando que não existem indícios de fuga e que o equipamento deve ser utilizado apenas em casos de “efetiva necessidade”, além de considerar o custo para o Estado.
Apesar da liberdade, os militares terão que cumprir medidas restritivas, como não manter contato com testemunhas e familiares das vítimas, não sair de João Pessoa sem autorização judicial e atuar apenas em funções administrativas, afastados do policiamento ostensivo.
Enquanto isso, um sexto policial, o tenente Alex William de Lira Oliveira, continua com prisão preventiva decretada. Ele está fora do país, e, segundo a magistrada, sua ausência dificulta a coleta de provas e o andamento das investigações.
O caso aconteceu em 15 de fevereiro deste ano, quando cinco jovens, Fábio Pereira da Silva Filho, de 26 anos; Emerson Almeida de Oliveira, de 25; Alexandre Bernardo de Brito, de 17; Cristiano Lucas, de 17; e Gabriel Cassiano de Sousa, também de 17, filho de uma vítima de feminicídio ocorrido horas antes, foram mortos após uma ação da Polícia Militar.
Segundo a versão da PM, os rapazes planejavam um ataque para vingar a morte da mulher, quando tiveram o veículo interceptado por viaturas e atingido por diversos disparos, resultando nas mortes.
Comente sobre o post