Setembro é o mês dedicado à mobilização sobre os direitos das pessoas com deficiência, sendo conhecido como Setembro Verde. Neste domingo (21), o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência chama a atenção para a importância de garantir igualdade de oportunidades para todos.
Organizações têm se empenhado para garantir que a inclusão social não seja apenas um conceito, mas uma realidade vivida por seus cidadãos. Um exemplo claro disso é a Tardezinha Inclusiva, um projeto que acontece mensalmente no Centro Cultural de Mangabeira, desenvolvido pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) em parceria com a Associação Paraibana de Autismo (APA) e a Turma Tá Blz. A proposta busca valorizar e integrar crianças com espectro autista e suas famílias à sociedade, por meio da cultura, música e diversão. A ação tem sido um sucesso e um importante canal para despertar a conscientização sobre a inclusão nas diversas esferas da vida social.
Além disso, o Sistema Nacional de Emprego de João Pessoa (Sine-JP) tem se destacado ao promover a empregabilidade de pessoas com deficiência. O órgão oferece apoio contínuo a PcDs, com consultorias especializadas, além de realizar palestras sobre técnicas para entrevistas de emprego e oficinas de elaboração de currículos. Essa ação se soma ao esforço para garantir que as oportunidades de trabalho estejam ao alcance de todos, independentemente de suas limitações.
Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem enfrentados. Neide Araújo, vice-presidente do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha (ICPAC), que é deficiente visual, lembra que “a cidade ideal para as pessoas com deficiência é aquela onde os espaços são realmente acessíveis e seguros para todos”. Ela destaca que “a inclusão verdadeira só será alcançada quando os transportes públicos, as calçadas e os locais públicos forem acessíveis e sem limitações”.
No entanto, como observa Valéria Carvalho, presidente do ICPAC, “a inclusão vai além das melhorias físicas. A verdadeira transformação ocorre por meio de um processo atitudinal, onde a sociedade adota uma postura inclusiva, reconhecendo a igualdade de todos, independentemente de suas limitações físicas ou cognitivas”. Segundo ela, “a inclusão precisa estar presente em todos os espaços da vida, como nas escolas, nas universidades, no mercado de trabalho e na vida cotidiana”, concluiu.
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