Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (Cear), desenvolveram uma tecnologia inovadora que transforma as cinzas do bagaço de cana-de-açúcar em uma ferramenta essencial para o setor de energia solar. O projeto, que já conquistou patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), tem o potencial de revolucionar o mercado de energias renováveis, convertendo um resíduo agroindustrial em insumo tecnológico sustentável.
O processo desenvolvido pela equipe da UFPB envolve a moagem específica das cinzas do bagaço, criando partículas que otimizam a eficiência na absorção de radiação solar. Esses microgrânulos podem ser aplicados em tecnologias solares seletivas, que convertem radiação em energia térmica de forma mais eficiente, ampliando as capacidades dos sistemas de geração de energia solar.
O bagaço de cana é o maior resíduo agroindustrial da Paraíba, com uma produção anual de 1,3 milhão de toneladas. Tradicionalmente descartado, ele agora se transforma em um insumo de alto valor agregado, com um impacto positivo tanto no meio ambiente quanto na economia local. A aplicação desta tecnologia pode abrir novas perspectivas para o setor de energias renováveis, além de gerar um ciclo sustentável ao aproveitar um resíduo em massa para a produção de energia limpa.
A professora Kelly Gomes, coordenadora do projeto, destaca a relevância da iniciativa: “O trabalho mostra o potencial de unir sustentabilidade e ciência, ao transformar um resíduo da agroindústria em insumo tecnológico para o setor de energias renováveis.”
Este avanço não só posiciona a Paraíba como um polo de inovação em energias renováveis, mas também contribui para a diminuição da dependência de fontes não renováveis e melhora a eficiência dos sistemas solares, fundamentais para o futuro da geração de energia limpa.
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