O encontro relâmpago entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, durante a Assembleia-Geral da ONU, teve mais do que um gesto simbólico: nos bastidores, empresários brasileiros desempenharam papel crucial para suavizar tensões e abrir canais de diálogo.
Fontes próximas às negociações afirmam que gigantes como Embraer e JBS atuaram junto a integrantes do Departamento de Comércio e do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) para priorizar questões comerciais em vez de políticas, em um momento em que sanções e tarifas ameaçavam a relação bilateral. Argumentos econômicos, como o impacto de sobretaxas sobre produtos brasileiros nos preços aos consumidores americanos, e alertas sobre efeitos políticos indesejados reforçaram a posição do Brasil.
Além de reuniões em Washington com parlamentares republicanos e assessores da Casa Branca, os empresários e representantes do governo Lula conseguiram frear novas tarifas, mesmo após a aplicação de sanções pontuais a autoridades brasileiras, incluindo membros do STF e da AGU. O trabalho discreto do setor privado contribuiu para que produtos como a carne brasileira possam ser incluídos em uma lista de isenção das tarifas.
Segundo o chanceler Mauro Vieira, o diálogo entre Lula e Trump deve ocorrer na próxima semana por videoconferência, marcando o primeiro contato direto entre os dois presidentes. A movimentação evidencia a influência estratégica de interlocuções discretas e do setor privado na diplomacia contemporânea, especialmente em temas sensíveis como comércio e sanções internacionais.
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