O resultado da pesquisa realizada pelo instituto Genial Quest, em parceria com a TV Cabo Branco (divulgada ontem), indica possibilidades do prefeito Cícero Lucena ser reeleito no primeiro turno. Porém, ainda restam dezoito dias para o eleitor confirmar nas urnas o favoritismo do momento. Em relação aos números da última amostragem, Cícero Lucena despencou 4%, caindo de 53% para 49%. Dois dos seus três concorrentes cresceram. Marcelo Queiroga cresceu 4%, Ruy Carneiro 3%. Luciano encolheu 1%.
O somatório dos índices de todos os postulantes da oposição totaliza 37%. Para ultrapassar Cícero Lucena e levar o pleito para o segundo turno, as oposições terão que crescer 13%. Os indecisos, nulos/brancos alcançam 14%. Marqueteiros e estrategistas dos quatro candidatos enfrentarão o desafio de corrigir, melhorar ou inovar sua abordagem direcionada ao eleitor.
O desafio de Cícero, doravante, é se manter a todo custo na posição alcançada. Tarefa árdua, numa reta final de campanha onde crescem as insatisfações dos candidatos a vereador, que a esta altura pensarão mais em si que na causa. Se recuar mais quatro pontos, a campanha irá para o segundo turno, já sob ameaça do seu “calcanhar de Aquiles”, 14% de indecisos/nulos/brancos, contingente mais fácil de ser enlaçado pelas oposições que pela situação.
Ruy, Queiroga e Cartaxo irão intensificar seus ataques. Se forem bem coordenados, Cícero combaterá numa linha de frente contra Ruy e será alvejado pelos flancos, com investidas de Cartaxo e Queiroga. Uma grande batalha, que de agora em diante dependerá mais de logística, que combatentes. E, fatos novos poderão ocorrer neste ínterim, como desistências de candidatos ao parlamento mirim, com imediatas adesões. A maioria das campanhas exitosas começam pequenas, e crescem até o dia da votação. Cícero começou no limite, sem mais espaço para crescer.
Uma suposta vitória de Cícero em primeiro turno será mais festejada por Aguinaldo Ribeiro que pelo próprio candidato. Dia seguinte, o PP o lançará candidato a governador, com uma chapa João para o Senado, Lucas comandando a gestão, Danielle buscando renovar seu mandato, garantindo por extensão a continuidade de Aguinaldo na Câmara dos Deputados. Projeto que entra em rota de colisão com o Republicanos, que já tem seu candidato a governador, confirmado com ênfase pelo deputado Wilson Filho em sua última entrevista: votarei em Adriano Galdino com meus dez dedos.
Galdino tem percorrido todo o Estado o tempo todo. Sua candidatura está emergindo e se consolidando nas bases, através de centenas de lideranças municipais expressivas. É o único nome hoje, com aceitação da população, para suceder João Azevedo. Todavia, tem seus percalços nos intramuros palacianos – inimigos que agem sorrateiramente – boicotando sua candidatura.
Os Ribeiros abandonaram Campina Grande e o candidato do governador. Se concentraram na Capital, e na eleição de Cícero, para estabelecerem a desagregação e tentarem usurpar o espaço, momento, oportunidade e chances de Adriano Galdino ser o próximo governador do Estado. Estão subestimando tanto a capacidade de Adriano quanto a inteligência política de seus adversários diretos na Rainha da Borborema, os Clã Cunha Lima e Rêgo, juntos e unidos, que só tem compromisso com um candidato na chapa majoritária de2026: reeleger o senador Veneziano Vital do Rêgo.
Por Júnior Gurgel