Dr. Cláudio Roberto Lopes Diniz, um filho ilustre de Conceição, que migrou para construir uma trajetória de sucesso, a partir de sua amada Sousa, para o Brasil e o mundo.
O conheci jogando tênis de mesa no Riachão Campestre clube, o ‘Pete Sampras’ de Sousa. Com suas diversas e inconfundíveis camisas oficiais autografadas do Flamengo dos anos 90 e 2000. Assim como inconfundível foi a assustadora, para vascaínos como eu, passeata no tricampeonato carioca de 2001, com gol de Petkovic.
Mas me fez muito feliz na organização da passeata do título do Sousa Esporte Clube na Copa Jornal da Paraíba, com uma linda festa no Calçadão, com as bênçãos do Padre Arimatéia. Me deu inesquecível alegria também ao ouvir sua voz nos penaltis no Perpetão, na voz marcante de Wilame Soares, decorrentes de um gol milagroso do dinossauro no último minuto. A tristeza veio um ano depois com um Marizão calado e sofrido perdendo para o mesmo Atlético. Amainada pela generosa escolha do melhor em campo: o lateral direito Renatinho, filho de Sousa.
Tive a honra, tempos depois, de ser seu colega na radiofonia sousense, a quem sempre nutri imensa admiração pelo seu brilhantismo e precisão de raciocínio. Se como comentarista esportivo transpira emoção, como advogado e tribuno é de um preparo esplendoroso. Teve a honra de ver suas amadas Videnize e Flávia, esposa e filha, o representarem com muita dignidade no parlamento sousense.
Aliás, Salomão Gadelha não teria tomado posse na Prefeitura de Sousa sem o confronto verbal de Cláudio Diniz, que o representou na solicitação ao então presidente Gilmar Marques, que encerrou a sessão sem lhe dar posse, desobedecendo a ordem da juiza Deyse Maria Mota Aquino. Valente e intrépido como Salomão, Cláudio, o eterno procurador-geral, articulou a reabertura com o vice-presidente Ananias Vieira e proporcionou a mais linda e tumultuada posse da história de Sousa. Até hoje eu me arrepio. Lealdade igual a de Cláudio e Ananias, só alguns poucos como eu.
Enfrentou também, no braço, o juiz Ramonilson Alves. Eita cabra corajoso. Como dizia Hemingway, “a coragem é a dignidade sob pressão”.
Sua capacidade, estudo e desassombro, fizeram Deus o colocar no posto de auditor-conselheiro do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.
Com suspeição arguida para julgar o Flamengo, o Vasco, o Sousa e o Atlético de Cajazeiras. Risos.
Se Raimundo Doca Benevides Gadelha, homenageado na passeata do tricampeonato de Petkovic, não precisou rasgar sua carteira da OAB, Cláudio Diniz também jamais rasgará a sua em defesa dos verdadeiros amigos. Orgulho de ser um deles.
C-O-E-R-E-N-T-E!
Por Ytalo Kubitschek