Eleito presidente da Câmara dos Deputados no sábado passado (1º), com o apoio de governistas e da bancada de oposição ao governo Lula, Hugo Motta (Republicanos), agora, precisa manter o discurso que tem agradado tanto um lado quanto o outro.
O Palácio do Planalto vê com bons olhos sua promessa de dar prioridade às pautas administrativas, deixando de lado àquelas relacionadas aos costumes, como a questão do aborto, por exemplo. Motta já adiantou que esses temas “não na prioridade do dia”.
Do lado da direita-raiz, notadamente de grupos ligados ao bolsonarismo, defendem uma pauta que o governo rechaça: a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro de 2023.
Em entrevista recente, o novo presidente da Câmara tratou do assunto: “Esse é o tema que mais divide a Casa hoje. O PL defende a votação da anistia para os presos do 8 de janeiro, enquanto o PT quer que a questão nem entre na pauta. A decisão cabe ao presidente da Câmara, com participação dos líderes.
Certamente, esse assunto será debatido nas próximas reuniões, e vamos conduzir com a maior imparcialidade possível”, disse Motta.
Uma coisa é certa: o parlamentar paraibano se elegeu com declarações que agradam tanto ao governo quanto à oposição.
Reunião com Lula
Hoje pela manhã, o presidente Lula (PT) recebeu, no Palácio do Planalto (foto), Hugo Motta e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), que foi eleito também no sábado presidente do Senado.
“Tenho certeza que a nossa convivência será um exemplo de fortalecimento da democracia brasileira”, disse o presidente, na coletiva de imprensa.
Já Motta afirmou que a Câmara estará à disposição para construirmos uma pauta positiva para o país”.
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