O retorno do Flamengo ao Rio de Janeiro após a partida contra o Central Córdoba, na Argentina, foi marcado por um episódio de violência que ultrapassou o campo esportivo. Por volta das 5h30 desta quinta-feira (8), veículos com jogadores do clube foram alvo de uma tentativa de assalto na Linha Amarela, nas imediações do bairro de Bonsucesso, zona norte da capital fluminense.
Segundo comunicado oficial do Flamengo, o carro em que estava o goleiro Rossi — blindado — foi atingido por quatro disparos. Ninguém se feriu, e os criminosos não conseguiram concluir o assalto. Os atletas já estão em casa e em segurança.
A Polícia Militar informou que o Batalhão de Policiamento em Vias Expressas fez buscas na área e levou os envolvidos até a 21ª Delegacia da Polícia Civil, que agora apura o caso.
O incidente, no entanto, não se limitou ao susto físico. Nas redes sociais, a repercussão foi imediata — e, em parte, polêmica. Alguns torcedores, frustrados com os recentes desempenhos da equipe, reagiram com comentários insensíveis e até hostis. A derrota da última quarta-feira (7) pela Libertadores parece ter potencializado o tom das publicações.
A repórter Mônica Alves, do Coluna do Fla, manifestou indignação com as mensagens: “Perdeu-se o receio de falar absurdos. Reclamar de um resultado é normal. Desejar o mal, não. Isso não pode ser normalizado”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).
O episódio levanta questões que extrapolam o futebol. Em meio ao debate sobre a segurança pública no Rio, ele também expõe o ambiente tóxico que, por vezes, domina as redes sociais quando paixões esportivas se misturam com frustrações pessoais.
O Flamengo ainda não informou se reforçará a escolta dos jogadores em deslocamentos futuros. Enquanto isso, o clube e autoridades seguem acompanhando as investigações.
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