O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), participou nesta quinta-feira (8) de uma série de agendas institucionais ao lado do governador João Azevêdo (PSB) em municípios do Sertão da Paraíba. As visitas incluíram as cidades de São José de Piranhas e Cajazeiras, com inaugurações de obras, anúncios de investimentos em infraestrutura e educação, além de encontros com lideranças políticas da região.
A presença de Cícero no interior faz parte de uma movimentação estratégica que vem sendo observada com atenção por analistas e integrantes da base aliada. Embora afirme que sua prioridade atual é a gestão em João Pessoa, o prefeito não esconde a disposição de disputar o Governo do Estado nas eleições de 2026, caso haja um consenso dentro da base governista.
Em entrevista recente à imprensa, Cícero afirmou: “Se houver um entendimento da base aliada em torno do meu nome, estarei pronto para assumir essa missão. Tenho experiência e espírito público, e acredito que podemos seguir fazendo o bem pela Paraíba”. A fala foi interpretada como mais um passo rumo à construção de sua pré-candidatura.
O prefeito tem intensificado suas andanças pelo interior, fortalecendo alianças com prefeitos, vereadores e lideranças locais. Ele também tem participado de eventos promovidos pelo Governo do Estado, o que sinaliza uma sintonia com João Azevêdo — nome forte no PSB, que tem buscado manter a coesão do grupo político que venceu as eleições estaduais em 2022.
Aliados de Cícero avaliam que ele representa um nome com densidade eleitoral na Capital e com trânsito entre diferentes setores, o que pode favorecer uma candidatura competitiva. Além disso, o prestígio do PP dentro do cenário nacional e sua aliança com o PSB reforçam o potencial da construção de uma chapa majoritária.
Nos bastidores, outros nomes também são ventilados para a disputa de 2026 dentro da base governista, como o do deputado federal Gervásio Maia (PSB) e o do próprio vice-governador Lucas Ribeiro (PP). No entanto, Cícero Lucena surge como um nome de consenso por já ter governado o estado entre 2001 e 2002, quando era vice e assumiu após a renúncia de José Maranhão.
A expectativa é que, até o final de 2025, as articulações se intensifiquem e o grupo defina um nome com base em pesquisas, apoios regionais e viabilidade eleitoral. Até lá, Cícero continuará equilibrando a gestão municipal com a construção política que pode projetá-lo novamente ao Palácio da Redenção.
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