A Fifa divulgou, nesta quinta-feira, uma nova versão de seu Código Disciplinar com um foco claro: racismo. Em uma medida que parece ir além das tradicionais promessas de “combate à discriminação”, a entidade anunciou um endurecimento das penas para qualquer tipo de ofensa racial em campo. O novo artigo 15 deixa claro que, se qualquer jogador ou participante do evento se sentir vítima de racismo, o árbitro tem o poder de suspender ou até encerrar a partida, caso as ofensas persistam. Não há mais espaço para minimizações quando o tema é intolerância racial.
Além disso, o documento atualiza as multas para clubes e associações, com penalidades que variam de 20 mil francos suíços (cerca de R$ 137 mil) a um impressionante teto de 5 milhões de francos (aproximadamente R$ 34 milhões), dependendo da gravidade da situação. Essa mudança indica que a Fifa está, finalmente, disposta a abrir o bolso para forçar mudanças, e não apenas com palavras vazias.
Mas as novidades não param por aí. Se a reincidência de incidentes racistas ocorrer, o Código agora traz uma série de medidas drásticas, desde planos obrigatórios de prevenção até a possibilidade de dedução de pontos, rebaixamento ou até a expulsão do torneio. Uma mudança significativa, que provavelmente vai deixar algumas federações com os nervos à flor da pele – afinal, com tanta grana em jogo, qualquer deslize pode custar muito mais que um simples cartão vermelho.
A Fifa, ao que parece, decidiu não brincar mais com um problema que mancha a imagem do esporte mais popular do mundo. Fica claro que, no futuro, as punições serão mais pesadas para quem ainda tenta ignorar a gravidade do racismo nos estádios. Quem sabe, com isso, o futebol finalmente aprenda a dar cartão vermelho não apenas para quem comete faltas, mas também para quem perpetua a ignorância.
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