Um menino de apenas oito anos foi atingido por uma composição da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) enquanto tentava atravessar a linha férrea ao lado da irmã. O acidente aconteceu na noite de quinta-feira (19), fora do horário de funcionamento comercial do sistema ferroviário.
Segundo a CBTU, o trem fazia um percurso de retorno e circulava sem passageiros no momento do impacto. A travessia, aparentemente corriqueira, terminou em corrida contra o tempo: a criança foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.
De acordo com o boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (20), o menino passou por procedimentos de emergência e permanece sob observação. O estado de saúde é considerado estável, embora a equipe médica siga acompanhando de perto sua recuperação.
O episódio reacende uma discussão antiga na capital paraibana: a vulnerabilidade de comunidades que convivem diariamente com a linha férrea como parte da paisagem urbana. A falta de passarelas, sinalizações visíveis ou mecanismos de proteção para pedestres — especialmente crianças — segue sendo um risco concreto.
A CBTU afirmou que vai apurar as circunstâncias do acidente, mas reforçou que as áreas próximas à linha não são consideradas de passagem segura. Para muitos moradores da região, no entanto, essa já é uma realidade imposta — e perigosa — há anos.
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