O Fluminense venceu, respirou e agora faz contas. Depois do 4 a 2 sobre o Ulsan, neste sábado, o clube carioca assumiu a liderança provisória do Grupo F no Mundial de Clubes, mas ainda precisa colocar mais um pé nas oitavas — o outro já está praticamente lá. O adversário agora é o Mamelodi Sundowns, da África do Sul, quarta-feira, às 16h (horário de Brasília), e o cenário é daqueles que até matemático de boteco entende: basta empatar.
Com quatro pontos e saldo de gols ligeiramente superior ao do Borussia Dortmund, o time de Fernando Diniz não precisa de ousadia extrema. Um empate basta para garantir a classificação, e uma vitória pode até render a liderança — desde que o Borussia não resolva aplicar goleada sul-coreana no Ulsan, já eliminado e com o moral enterrado entre as traves.
Se tropeçar, aí a coisa complica — mas não necessariamente implode. Uma derrota contra os sul-africanos não elimina o Flu de forma automática, mas obriga a torcida tricolor a passar 90 minutos de olho em dois jogos ao mesmo tempo e, claro, roer as unhas por um improvável milagre asiático: o Ulsan, que não fez nem cócegas no torneio até agora, precisaria derrotar os alemães. Missão que exige fé, sorte e talvez um eclipse solar.
Enquanto isso, no banco do tricolor, Diniz ajusta a bússola e tenta manter o time entre o futebol solar e os lapsos de drama grego. A boa notícia: os gols voltaram a sair, o ataque parece lembrar que tem repertório e a defesa… bem, a defesa ainda está tentando entender o que é fechar um espaço.
O Fluminense entra na última rodada da fase de grupos com o favoritismo discreto de quem não precisa encantar, só passar. Por (h)ora, é dia de guardar a calculadora no bolso, manter os pés no chão (ao contrário de alguns zagueiros) e evitar transformar a classificação em mais uma história rocambolesca no melhor estilo “sofrer é tricolor”.
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