A Fifa pode até tentar manter a aura internacional da Copa do Mundo de Clubes, mas, com quatro clubes brasileiros nas oitavas de final, o torneio começa a lembrar mais um Brasileirão de luxo com legendas em inglês do que uma competição entre continentes.
Com o empate do Fluminense contra o Mamelodi Sundowns — um 0 a 0 que empolgou apenas quem estava torcendo pelo VAR — o Brasil garantiu vaga em bloco: Flamengo, Botafogo, Palmeiras e, agora, o próprio Flu. Em outras palavras, se a próxima fase tivesse trilha sonora, seria um samba.
A equipe de Fernando Diniz, que ainda não decidiu se está jogando futebol ou testando uma nova modalidade de xadrez com bola, avança com dignidade e muita posse de bola lateral. Aguarda agora o líder do Grupo E — disputa que envolve Inter de Milão, Monterrey e River Plate. O adversário sai na base do “quem sobreviver, me enfrenta”, com partida marcada para segunda-feira, em Charlotte, nos EUA.
Enquanto isso, os outros brasileiros já têm seus caminhos definidos. A pergunta que fica é: será que vão deixar algum gringo passar das oitavas? Porque, do jeito que vai, o Mundial pode acabar com final brasileira — transmitida com narração da CBF e arbitragem do Campeonato Carioca.
A Fifa sonhava com um torneio global, mas talvez precise aceitar que, em matéria de futebol, o Brasil segue agindo como dono da bola. E agora também do campeonato.
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