A prefeita de Conde, Karla Pimentel, está sendo processada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeita de irregularidades na contratação de empresas para a coleta de lixo no município. Segundo a denúncia, a gestora teria criado uma falsa situação de emergência para firmar contratos milionários sem licitação, o que é proibido por lei.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Conde, Karla assinou três contratos emergenciais sem seguir os critérios legais, totalizando quase R$ 7 milhões. As empresas contratadas foram a Geo Limpeza Urbana, SP Soluções Ambientais e Limpex Construções e Serviços — todas escolhidas sem concorrência pública.
O Ministério Público afirma que a prefeita sabia com antecedência que o serviço seria necessário, mas deixou de planejar e organizou os contratos como se fosse uma emergência. O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) também analisou o caso e concluiu que a “emergência foi fabricada” para justificar a dispensa de licitação, o que fere a lei e os princípios de boa gestão pública.
O caso começou no início do mandato de Karla, quando o contrato anterior de coleta de lixo já havia vencido. Mesmo tendo tempo para fazer uma nova licitação, a gestão optou por uma contratação direta. Quando tentou iniciar um processo licitatório mais tarde, o projeto foi tão mal elaborado que acabou sendo cancelado, gerando mais contratações sem concorrência.
A denúncia pode levar a prefeita a responder por improbidade administrativa, o que pode resultar em punições como perda do cargo, suspensão de direitos políticos e pagamento de multas, caso a Justiça concorde com as acusações.
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