Mais de dois mil anos antes de telescópios ou satélites, o grego Eratóstenes de Cirene calculou a circunferência da Terra com precisão impressionante e confiável. Em cerca de 240 a.C., ele usou apenas um bastão, o Sol e um pouco de geometria para chegar bem próximo do valor reconhecido hoje, em torno de 40 mil km.
O método foi simples e genial: durante o solstício de verão, em Siene (hoje Assuã), o Sol incidia a pino nos poços — nada de sombra. No mesmo horário em Alexandria, o bastão criado por Eratóstenes projetou uma sombra que indicava cerca de 7,2°, ou seja, 1/50 de um círculo completo.
Sabendo que a distância entre as duas cidades era aproximadamente 5 000 estádios (cerca de 800 km), basta multiplicar essa medida por 50 para encontrar a circunferência total da Terra, 250 000 estádios, cerca de 39 700 km no sistema métrico moderno .
O resultado estava dentro de 1 % do que conhecemos hoje: entre 39 600 e 40 000 km. Uma façanha matemática que prova que a ciência precisa pouco mais que olhos atentos, coragem intelectual e um bom bastão.
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