Esqueça Messi, Pelé ou Fórmula 1. Dois mil anos atrás, o verdadeiro espetáculo era outro: os romanos decidiram encarar o oceano como quem disputa final de campeonato em campo alagado e venceram.
Sem oxigênio, sem GPS, sem nem saber o que era um protetor auricular, esses gladiadores da engenharia desciam pro fundo do mar com tubos de bambu e cara de quem não tinha nada a perder. A missão? Construir, com as próprias mãos, portos que desafiavam a lógica e a física.
O lance genial da partida? Um concreto que endurecia dentro d’água. Uma jogada de efeito que deixaria muito arquiteto moderno pedindo replay. Com ele, Roma meteu obras faraônicas no fundo do mar, como o porto de Cesareia, encomendado por Herodes, aquele técnico megalomaníaco que exigia resultados até debaixo d’água.
Os operários? Eram basicamente mergulhadores de várzea: iam pra vala com sinos metálicos na cabeça, enfrentando correnteza, pressão e escuridão sem nem uma chuteira com trava. E voltavam com o jogo ganho.
A Roma Antiga pode até ter caído nos acréscimos da história, mas seu concreto segue lá, de pé, sem rachaduras, sem infiltração, sem laudo técnico pedindo reforma.
É como dizem os cronistas mais experientes: impérios passam, mas o placar do concreto ninguém reverte.
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