O governo federal anunciou nesta quarta-feira (13) a Medida Provisória “Brasil Soberano”, voltada a apoiar empresas brasileiras afetadas pela decisão dos Estados Unidos de impor sobretaxas de até 50% sobre produtos nacionais. A cerimônia de assinatura aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O pacote inclui uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, destinada prioritariamente a pequenas empresas exportadoras, setores considerados mais vulneráveis ao aumento tarifário. Segundo o governo, a medida busca mitigar impactos em segmentos estratégicos como aço, alumínio e produtos agrícolas.

Em seu discurso, Lula afirmou que a prioridade do Brasil é negociar com os Estados Unidos antes de adotar medidas de retaliação. “O meu time não tem medo de brigar. Se for possível brigar, a gente vai brigar. Mas, antes de brigar, a gente quer negociar. A gente quer vender, quer comprar”, declarou. O presidente ressaltou ainda a força da equipe de negociação brasileira, comparando-a aos principais clubes de futebol europeus.
O presidente também destacou a expansão das relações comerciais do país, mencionando que o governo alcançou a marca de 400 novos acordos comerciais em dois anos e meio, e afirmou que é momento de buscar novos parceiros para diversificação do comércio exterior.
Em crítica à postura do governo norte-americano, Lula comentou sobre a responsabilidade democrática e a necessidade de preservar o multilateralismo. “A soberania nossa é intocável, ninguém dê palpite no que temos que fazer”, disse, referindo-se às sanções aplicadas pelos EUA ao Brasil. Segundo o presidente, as medidas americanas estariam relacionadas à pressão pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, ressaltando que no Brasil os processos seguem o princípio da presunção de inocência.
Fontes: Presidência da República; Agência Brasil; G1.
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