“Depois a gente vê isso.” Parece inocente, mas pode ser a sentença de morte de uma empresa. Frases como essa, junto de “não tenho tempo”, “sempre foi assim” e outras variações de procrastinação institucionalizada, são mais destrutivas do que um trimestre ruim.
Pesquisas do Sebrae mostram que 23% das pequenas empresas brasileiras fecham as portas antes de completar cinco anos, muitas vezes não por falta de mercado, mas por ausência de planejamento. O improviso, celebrado em churrascos e rodas de samba, quando exportado para o CNPJ vira um câncer silencioso: consome energia, derruba produtividade e mantém gestores no eterno modo “apaga incêndio”.
Um estudo da consultoria McKinsey aponta que empresas com processos claros e revisados vendem até 33% mais do que aquelas que operam no instinto. Não é poesia corporativa: é matemática. Estrutura gera eficiência; eficiência gera resultado.
Ainda assim, boa parte do empresariado brasileiro insiste no “vamos indo no improviso”. Funciona até certo ponto, como aquele primeiro encontro em que a conversa flui sozinha. Mas basta um tropeço, uma palavra fora de lugar, e a mágica acaba. Nos negócios, esse tropeço custa caro: clientes perdidos, times desmotivados e concorrentes que agradecem a oportunidade.
Se o improviso é inevitável no futebol de várzea ou na roda de amigos, no mundo dos negócios ele é só um atalho para a estatística de mortalidade empresarial.
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