O relatório de agosto sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos soou como um alarme: foram geradas apenas 22 mil vagas, muito aquém das 75 mil esperadas, enquanto a taxa de desemprego avançou para 4,3%, patamar mais alto em quase quatro anos. Esses dados não só revelam uma desaceleração clara da economia como também fortalecem a possibilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este mês.
Além disso, o relatório trouxe revisões negativas para os meses anteriores: junho registrou queda de 13 mil postos, o primeiro recuo desde 2020, enquanto julho teve alta revisada de 79 mil vagas. Esses ajustes reforçam a ideia de mudança de comportamento das empresas, que estão reduzindo contratações em meio a um cenário de incertezas, entre tarifas, políticas de imigração e custos elevados.
O enfraquecimento tem sido generalizado. Setores como manufatura, construção e serviços profissionais sentiram retração, enquanto saúde e assistência social apresentaram poucos pontos de luz, com criação de empregos limitada. Esse contexto levou economistas a alertar que o motor do emprego parece estar congelando e que, se essa cultura esfriar ainda mais, pode rachar.
No Federal Reserve, o aviso não passou despercebido. Com base nesse quadro, autoridades agora colocam em pauta a necessidade de cortes graduais nas taxas de juros, e já existem apostas firmes de que o Fed vai agir com expectativa de pelo menos uma redução de 0,25 ponto porcentual ainda em setembro .
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