O Flamengo está indo além do campo e da arquibancada: na terça-feira passada (9), o clube lançou uma campanha que pede à ONU o reconhecimento da Nação Rubro-Negra como a primeira “nação simbólico-cultural” do planeta. Zico, eterno ídolo e agora diplomata honorário, apresentou o pedido em tom sério, mas impossível de não arrancar um sorriso:
” Se fôssemos um país, seríamos o 36º mais populoso do mundo. Nossa moeda? Paixão. Nosso território? Onde houver um rubro-negro”, disse Zico, lembrando que sentimento também conta pontos na geopolítica do futebol.
Segundo o clube, a campanha não é só marketing: é uma tentativa de transformar em papel oficial o que já existe na prática. Uma torcida global, que se espalha por continentes, que discute arbitragem até nos cafés de Paris e que já faz mais barulho que alguns parlamentos internacionais.
E a ONU, aparentemente, agora vai avaliar se emoção, festa e gritos de “Mengão!” podem ser tratados como diplomacia cultural. Para participar, o torcedor só precisa assinar a petição digital do clube (peticao.flamengo.com.br). Não há passaporte, nem visto: só disposição para defender a bandeira e o grito de guerra.
Enquanto países debatem tratados e fronteiras, o Flamengo aponta um território inexplorado: os corações de milhões de torcedores, onde qualquer rivalidade é, no máximo, uma disputa simbólica de vizinhança. Se a ONU topar, o mundo terá oficialmente uma nação sem exército, sem impostos, mas com muita festa e futebol.
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