Aos 64 anos, Sean Penn decidiu entrar no jogo de “Manas”, o longa-metragem de Marianna Brennand que já vem provocando aplausos em festivais ao redor do mundo. O ator e cineasta, que tem no currículo duas estatuetas douradas e uma carreira marcada pelo ativismo, agora assume a produção executiva de uma das produções brasileiras mais comentadas da temporada. E por que ele resolveu se envolver? O próprio Penn revela: “’Manas’ é profundamente visceral, comovente e importante. Após assistir ao filme, senti como se precisasse vestir novamente a minha própria pele.” Não dá para ignorar a força desse reconhecimento.
A chegada de Penn ao projeto não é apenas simbólica, mas estratégica. A parceria também vem com uma excelente notícia para a distribuição internacional: “Manas” será lançado nos Estados Unidos pela KimStim, com uma estreia em 20 cidades. A distribuição chega em boa hora, quando o filme ganha força para se tornar uma aposta sólida na corrida pelo Oscar de 2026. E, com um nome como Penn por trás, a missão fica ainda mais audaciosa.
Marianna Brennand, que encontrou Penn em Cannes durante sua premiação com o Women in Motion Emerging Talent Award, lembra com carinho do primeiro contato com o ator. “Após assistir ao filme, ele me ligou, profundamente tocado, e desde então se comprometeu a ajudar a levar ‘Manas’ ainda mais longe.” A empatia foi mútua e transformada em ação. O ator não hesitou em unir forças com uma história que ressoa com a tradição do cinema brasileiro de relevância social, algo com o qual ele se identifica fortemente.
Desde sua estreia nos cinemas brasileiros em maio, “Manas” já coleciona prêmios. Foram 26 conquistas internacionais até agora, incluindo o prestigiado Directors Award em Veneza, onde o filme foi recebido de braços abertos. E, claro, o Women In Motion Emerging Talent Award, conferido a Brennand em Cannes. A produção brasileira, com seu toque autoral e urgente, tem mostrado que é capaz de dialogar com os maiores festivais do mundo.
Para Ian Stimler, copresidente da KimStim, a escolha do filme é uma afirmação de seu compromisso com o cinema de peso: “’Manas’ exemplifica o tipo de cinema artisticamente ousado, emocionalmente sofisticado e socialmente urgente que define o melhor da produção internacional.” E, de fato, com um reconhecimento como esse, o filme tem potencial para ser muito mais do que uma história contada na tela: é uma plataforma para discussões essenciais e urgentes.
Brennand se mostra otimista com o impacto do filme nos Estados Unidos: “Acreditamos que o público norte-americano se conectará profundamente com a urgência e a universalidade da história que ‘Manas’ carrega, ampliando a conscientização em torno de sua mensagem. ”É mais do que uma estreia, é uma missão de levar a história brasileira para o mundo, de maneira envolvente e transformadora”.
“Manas” não é só um filme. É a promessa de uma jornada global, e, com Sean Penn ao lado, essa viagem parece prestes a ganhar novos horizontes.
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