O mapa do mercado financeiro brasileiro começa a ganhar novos contornos. Apesar da força concentrada no eixo Rio-São Paulo, os dados mais recentes da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que o Norte e o Nordeste foram as regiões que mais ampliaram sua participação em investimentos no primeiro semestre de 2025.
Entre dezembro de 2024 e junho deste ano, o volume aplicado no Norte cresceu 8,5%, passando de R$ 131,3 bilhões para R$ 142,5 bilhões. No Nordeste, o avanço foi de 7,9%, saindo de R$ 683,6 bilhões e chegando a R$ 737,8 bilhões.
O movimento de expansão também aparece em outras áreas do país, mas em ritmos distintos: Sudeste (7,5%), Centro-Oeste (6%) e Sul (3,5%).
Para Luciane Effting, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, a difusão de informação e o fortalecimento de gestoras fora da Faria Lima explicam parte desse processo. “A riqueza está, de fato, concentrada no Sudeste. Mas, com mais canais de acesso e gestores que falam a linguagem local, o mercado tende a crescer de forma mais equilibrada no país”, afirmou.
Esse deslocamento indica que, cada vez mais, empresas regionais buscam o mercado de capitais para financiar projetos, reduzindo a dependência exclusiva dos grandes centros financeiros.
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