Diferente de 2024, quando teve recorde, em agosto de 2025, as exportações de açúcar do Brasil sofreram uma queda de 69,5%, em grande parte devido à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, um dos maiores mercados para o produto. Essa medida gerou preocupações sobre o futuro do comércio de açúcar brasileiro, especialmente no setor alimentício.
O açúcar brasileiro sempre foi um dos produtos-chave nas exportações para os EUA, mas a tarifa recém-imposta abalou esse mercado, impactando a competitividade do Brasil no cenário global. A perda de participação nas vendas para o mercado norte-americano, especialmente no setor de alimentos e bebidas processados, representa uma lacuna importante. No entanto, especialistas afirmam que, embora a queda nas exportações seja preocupante, ela não define o fim do comércio brasileiro de açúcar.
A decisão dos EUA de aplicar uma tarifa tão drástica sobre o açúcar brasileiro não ocorre isolada. Em um contexto global de crescente protecionismo e disputas comerciais, as tarifas estão se tornando uma ferramenta comum de pressão política e econômica. Mesmo o açúcar não sendo o único produto a ser afetado por essas novas políticas tarifárias, ele se tornou um exemplo claro do impacto que as tarifas podem ter sobre as economias de mercados emergentes, como o Brasil e embora tenha prejudicado a competitividade do Brasil nos EUA, ela também abriu novas oportunidades em outras regiões. O Brasil pode agora fortalecer suas exportações para a Ásia, especialmente para China e Índia, além de explorar mercados em crescimento no Oriente Médio e na África. A reconfiguração das rotas comerciais e o aumento da demanda em mercados emergentes podem compensar a perda no mercado norte-americano.
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