A expulsão de Gonzalo Plata no duelo entre Flamengo e Estudiantes, pelas quartas de final da Libertadores, durou pouco mais de dois dias. Nesta segunda-feira (22), a Conmebol oficializou a anulação do segundo cartão amarelo mostrado ao atacante equatoriano e confirmou que ele poderá estar em campo no confronto decisivo desta quinta-feira, em La Plata, às 21h30.
O episódio aconteceu no Maracanã, aos 38 minutos da etapa final. Plata antecipou a jogada diante de Facundo Rodríguez e acabou atingido pelo zagueiro argentino. O árbitro Andrés Rojas, no entanto, entendeu o contrário e aplicou o segundo amarelo ao jogador do Flamengo. O lance gerou protestos imediatos, mas não pôde ser revisado pelo VAR, já que o protocolo não permite checagem em expulsões por acúmulo de cartões.
Mesmo assim, após análise posterior, a Comissão de Árbitros da Conmebol classificou a decisão como “erro manifesto” e determinou que a punição fosse retirada. A medida foi comunicada oficialmente ao Flamengo nesta segunda, embora o clube já tivesse recebido um aviso preliminar no fim de semana.
A reversão muda o cenário da série. Com a vitória por 2 a 1 no jogo de ida, o Flamengo vai à Argentina com a vantagem do empate, agora podendo contar com Plata para reforçar o setor ofensivo. O atacante vinha em boa fase, tendo sido decisivo em jogos recentes da equipe, e sua presença pode ser crucial para administrar a pressão fora de casa.
Além do caso de Plata, o clube também foi multado em US$ 500 (R$ 2,6 mil) por cada cartão amarelo recebido por Samuel Lino, Saúl e Bruno Henrique, valores que se mantêm.
A decisão abre espaço para um debate mais amplo: até que ponto o VAR e os mecanismos de revisão conseguem garantir justiça em competições desse nível? No caso do Flamengo, ao menos, a resposta veio a tempo de recolocar um de seus principais jogadores em campo numa das noites mais importantes da temporada.
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