O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB), informou que o prazo de conclusão da apuração do caso da aplicação de vacinas contra a covid-19 fora do prazo de validade na população de Lucena é de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias.
O MPF encerrou nesta semana a fase de depoimentos sobre o caso. O órgão ouviu uma série de pessoas envolvidas direta e indiretamente com o caso, como a técnica de enfermagem que aplicou as doses, a ex-coordenadora de imunização de Lucena, a mãe que fez a denúncia nas redes sociais, o ex-secretário de Saúde do município e o prefeito.
Nesta semana, o vereador de Lucena Jair Chagas reuniu assinaturas para instaurar uma sessão extraordinária nesta quarta-feira (26) na Câmara Municipal para discutir o afastamento do prefeito Leo Bandeira. A sessão, no entanto, foi adiada para o dia 4 de fevereiro após o recesso parlamentar.
Sobre a possibilidade de afastamento do gestor, o MPF afirmou que o caso tem repercussão em variados aspectos, porém, que o ato político-administrativo extrapola a atuação do Ministério Público e que “não cabe ao órgão fazer avaliação de atuação de necessidade de atos do Poder Legislativo”, porém, “no aspecto cível, há, sim, possibilidade de gestores serem responsabilizados, inclusive o prefeito”.