Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem paralisar uma das agências no Centro de João Pessoa, na sexta-feira (25). Eles denunciam que estão com os salários congelados há cinco anos, pedem mais contratações para melhorar o atendimento e informam que a paralisação se estenderá por tempo indeterminado.
A assessoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB), explicou que a mobilização serve para denunciar o desmonte que ocorre desde 2016 na instituição. “Estamos sem concursos públicos e parque tecnológico, os sistemas obsoletos, cortes consecutivos no orçamento, fechamento de agências e outras situações de descaso, transformaram o INSS em uma autarquia sucateada.”
O estado de greve foi aprovado em Assembleia Geral promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB), na noite da última terça-feira (22), e por unanimidade, foi deliberado a decisão.
O indicativo segue o movimento nacional dos servidores públicos federal que visa pressionar o governo pela recomposição salarial de 19,99%, pelo arquivamento da PEC 32, da reforma Administrativa, encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), que pode acabar com o serviço público, e pela revogação da EC 95/2016, do “teto de gastos”.
De acordo com o SindsprevPB, várias atividades para fortalecer o movimento e mobilizar ainda mais a categoria para construção de uma greve geral já estão sendo realizadas. “Estamos construindo um caminho para a greve geral. Temos um contexto muito diferente de greves em anos anteriores, o modo de trabalho no setor público mudou, ainda enfrentamos uma pandemia, e a mobilização é fundamental para que os servidores públicos se engajem nesse processo e a população nos apoie”, afirmou o Sindicato.
Uma nova assembleia geral está marcada para às 17h da sexta (25), para avaliar o movimento e decidir sobre os próximos passos da mobilização.
Especificamente no INSS, os servidores vão realizar a operação Apagão. Ou seja, os que estiverem em trabalho remoto devem manter os computadores desligados e os que estiverem em atendimento não devem acessar o sistema, somente informar a população sobre o objetivo do estado de greve.