Cinco dias após a suspensão das linhas que ligam o Centro com os distritos de Galante, Jenipapo e São José da Mata, além do sítio Salgadinho, o Sitrans ainda não acatou a decisão judicial que determina a volta da circulação dos veículos em Campina Grande.
A Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STTP) anunciou que, por causa disso, a prefeitura deve contratar o serviço de forma emergencial para que seja oferecido gratuitamente à população afetada. Por enquanto, a prefeitura ainda não informou se existem definições sobre o transporte emergencial e em que horários ele deve ficar disponível.
A interrupção no serviço foi anunciada na sexta-feira (6), quando o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Sitrans) alegou falta de passageiros para as linhas. Mas, no mesmo dia, a Justiça concedeu uma decisão liminar determinando que as empresas de transporte público não parassem de prestar o serviço. A determinação não está sendo cumprida desde então.
Já a intervenção municipal no sistema de transporte público começou a ser considerada na última segunda-feira (9), quando após a decisão judicial, o Sitrans disse que suspendeu a circulação dos ônibus porque a prefeitura não estaria repassando o subsídio correto para o sistema de transporte público.
Sobre a denúncia do Sitrans de que a prefeitura estaria fazendo um repasse de R$ 0,13 por cada passagem em vez de R$ 0,55 como prometido, o prefeito de Campina Grande argumentou que, na verdade, esse repasse não é obrigatório.
Disse ainda que não se trata de um acordo e, sim, uma determinação prevista em uma lei complementar que prevê o repasse de subsídios em caso de necessidades, para fins de equilíbrio fiscal.
No entanto, na situação em que as empresas desejavam, não seria um subsídio, mas sim, aumentaria ainda mais o lucro dessas empresas, conforme o prefeito.
Em nota, emitida na terça (10), o Sitrans disse que enviou ofícios para o prefeito se colocando à disposição para conversar e resolver a suspensão das linhas de ônibus.