A Paraíba registrou a primeira morte por tétano acidental em 2022. A vítima foi um homem de 61 anos do município de Juazeirinho, que não tinha registro sobre vacinas contra a doença. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), outros quatro casos suspeitos da doença estão sob investigação.
A SES informa que o Estado possui vacinas suficientes para atender a população contra o tétano, mas que casos continuam a ser registrados por uma falta de cultura da população de se vacinar contra esse problema. A Secretaria também informou que não são muitos os casos de óbitos por ano, mas que, justamente por causa dessa baixa procura, de tempos em tempos ainda são registrados óbitos.
O tétano acidental é uma infecção causada por bactéria encontrada na natureza e não é contagiosa. A principal forma de prevenção é por meio da vacina pentavalente, que alcançou apenas 67,11% de cobertura em 2021. Ela é aplicada em 3 doses administradas no primeiro ano de vida, com dois, quatro e seis meses de vida.
Além disso, são necessárias outras doses para reforçar a proteção. Trata-se da vacina DTP, que deve ser aplicada aos 15 meses e aos 4 anos de idade e que pode ser administrada até os 7 anos, em caso de atraso na vacinação. O esquema vacinal contra o tétano inclui ainda uma dose de reforço a cada dez anos após a última dose recebida.
De acordo com a Gerência de Vigilância de Saúde do Estado, as pessoas que perderam o comprovante, não sabem ou não lembram se tomaram as vacinas precisam atualizar a situação junto à unidade de saúde de seu município.
A SES reforça ainda que, embora a tendência para a erradicação das doenças imunopreveníveis tenha avançado bastante, ainda é considerado um grave problema de saúde pública.