Na quarta-feira (15), 8 imóveis em risco iminente de desmoronamento foram demolidos na Comunidade Santa Clara, em João Pessoa. A ação emergencial, que teve a frente a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), se deu em função das últimas chuvas que causaram instabilidade na barreira que margeia a BR 230. Durante os trabalhos, a rodovia foi interditada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), no sentido João Pessoa/Cabedelo, sob supervisão da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As 12 famílias retiradas da área crítica da São Rafael com essa ação já estão sendo contempladas com o aluguel emergencial de transição no valor de R$ 500, pago mensalmente pelo Programa. Joelma Silvestre, coordenadora de Aspectos Sociais do João Pessoa Sustentável, destacou que a ação vem trazer segurança de vida para os moradores: “Isso representa a certeza de que essas famílias terão uma história de vida melhor a partir uma solução habitacional definitiva dada pelo João Pessoa Sustentável”.
Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) auxiliaram na mudança das famílias. Agentes do Grupo de Remoção e Demolição (GRD) também atuaram no local. “Nossas equipes não mediram esforços para salvar essas pessoas do perigo o qual estavam expostas”, destacou Julião Ferreira, diretor de planejamento e empreendedorismo da Sedurb.
Gabriel Hobi, um dos moradores da Santa Clara, falou da importância de sair da área de risco. “Pra mim é tudo, porque desde que cheguei aqui com minha família que as rachaduras começaram a crescer e às vezes caem pedras em cima da cabeça da gente. A casa ia desabar. Mas agora, a gente parte para uma nova moradia e isso foi de muita ajuda”, afirmou.
A Santa Clara é uma das oito comunidades que formam o Complexo Beira Rio (CBR) e que estão sendo assistidas pelo Programa João Pessoa Sustentável. “Foi feito todo um estudo para concretização dessa ação. A partir dela, começa a se materializar o cuidado que a Prefeitura tem com quem está em local de risco”, assegurou Antônio Elizeu, coordenador-geral da Unidade Executora do Programa (UEP).
Em todas as comunidades do Complexo Beira Rio, 32 famílias vão ser realocadas porque vivem em casas com problemas estruturais e estão sob risco constante. Além da Santa Clara, serão realocadas duas famílias da comunidade Padre Hildon Bandeira e quatro da Tito Silva. Após a remoção, os imóveis também serão demolidos pela Defesa Civil para evitar ocupações indevidas. Um plano será traçado pela UEP, juntamente com os moradores, antes das próximas intervenções.
As famílias que precisarem ser removidas das comunidades da Beira Rio por uma questão de segurança poderão escolher umas das alternativas de reassentamento previstas pelo programa. São elas: transferência para um dos três habitacionais que serão construídos na região da Beira Rio e que vão abrigar 565 famílias; reassentamento rotativo, que é a reconstrução de imóveis na comunidade, desde que a área não seja de risco; compra assistida; troca de beneficiário e indenizações para casos específicos. Ninguém vai ser removido antes de uma solução definitiva.
A realocação das famílias foi uma ação conjunta das Secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes), Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc), Habitação (Semhab), Desenvolvimento Urbano (Sedurb), coordenadas pela Defesa Civil. A ação também contou como apoio da Cagepa, Energia, Dnit e PRF. “Esse trabalho está sendo feito para preservar vidas. Foi verificada a necessidade de promover a demolição porque esses imóveis estavam em estado de colapso”, esclareceu o coronel Kelson, coordenador da Defesa Civil.
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