A Prefeitura de Cabedelo, na Grande João Pessoa, iniciou nesta terça-feira (25) a demolição de bares e barracas construídas irregularmente na faixa de areia das praias do município. A operação faz parte de um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) para organizar o comércio nas áreas de restinga e proteger o meio ambiente.
A ação contou com o apoio da Guarda Municipal, Polícia Militar, secretarias municipais e equipes da Superintendência do Patrimônio da União (SPU). Segundo a prefeitura, muitos comerciantes já deixaram os locais de forma voluntária, mas outras estruturas ainda estão sendo desmontadas com auxílio do poder público.
Além de garantir a preservação ambiental, a medida busca melhorar o ordenamento urbano da orla, que sofre com a ocupação desordenada e a degradação das áreas naturais. Cabedelo tem enfrentado uma pressão crescente por conta da expansão imobiliária e do uso intenso das praias para fins comerciais.
Para regularizar a situação, a prefeitura abriu uma chamada pública e selecionou alguns comerciantes para atuar legalmente em pontos definidos da orla. Enquanto os novos quiosques padronizados não ficam prontos, será permitido o uso temporário de trailers.
De acordo com o procurador da República João Raphael Lima, a iniciativa é urgente. “Estamos diante de duas grandes pressões: a imobiliária e o avanço do mar. Se não ordenarmos, corremos o risco de perder as praias”, afirmou.
A legislação municipal também determina regras para o uso da faixa de areia, onde o excesso de barracas, cadeiras e mesas tem dificultado o trânsito de pedestres e provocado impactos negativos no ecossistema local.
A previsão é que todas as praias de Cabedelo estejam organizadas até o próximo mês, com os comerciantes atuando de forma regular e sem agredir o meio ambiente.
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