O Hemocentro da Paraíba está com os estoques de sangue O negativo zerados, e também enfrenta situação crítica nos tipos A negativo, B negativo e AB negativo. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (03) pela diretora geral da unidade, Shirlene Gadelha.
Segundo ela, a escassez representa um risco real para pacientes que dependem de transfusões em cerca de 48 hospitais abastecidos pela rede estadual. “Nós estamos zerados. A necessidade dos hospitais é diária. Muitas pessoas estão neste momento precisando de sangue para cirurgias ou procedimentos. Quando a gente não tem o hemocomponente, e o estado vizinho, como Pernambuco, também não tem, o risco aumenta muito. Por isso a gente faz esse apelo: quem tem sangue O negativo, A negativo, B negativo ou AB negativo, compareça. Nós estamos aguardando todos vocês”, afirmou Shirlene.
A diretora explicou que o tipo O negativo é o mais difícil de encontrar e, ao mesmo tempo, o mais necessário, pois só pode ser recebido por pessoas que também têm O negativo. Segundo ela, mesmo as poucas bolsas que ainda estavam disponíveis nos últimos dias já foram utilizadas. “Tínhamos duas bolsas e já saíram. Estamos praticamente zerados. Quando não temos aqui e a hemorrede nacional também não dispõe, resta apelar para a solidariedade de quem pode doar”.
O Hemocentro reforça que a doação de sangue é um processo seguro, rápido e essencial para salvar vidas. Podem doar pessoas com idade entre 16 e 69 anos, sendo que menores de 18 devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis. O doador deve estar pesando mais de 50 quilos, em bom estado de saúde, bem alimentado e apresentar documento oficial com foto.
A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h às 13h, em João Pessoa. A diretora lembrou ainda que é possível solicitar campanhas de coleta externa em locais de trabalho ou em grupos familiares, para facilitar o acesso dos doadores. “A gente conta com esse gesto de amor. Doar sangue é doar algo que não se fabrica, que só existe porque alguém se dispôs a estender o braço e ajudar o outro”, completou Shirlene.
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