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Auditores Fiscais de João Pessoa decidem paralisar as atividades

Auditores Fiscais de João Pessoa decidem paralisar as atividades

Por: Luanja Dantas
07/05/2025 às 10h04 Atualizada em 07/05/2025 às 13h04
Auditores Fiscais de João Pessoa decidem paralisar as atividades
Foto: Reprodução

Os Auditores Fiscais vinculados à Secretaria da Receita Municipal de João Pessoa decidiram suspender suas atividades nos próximos dias 12 e 13 de maio, como forma de protesto pela ausência de avanços nas negociações salariais com a gestão municipal.

A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária da categoria, motivada pela falta de diálogo entre os profissionais e os representantes da administração municipal. Este é o segundo movimento coletivo do tipo somente em 2025, refletindo o desgaste nas relações entre os auditores e o poder público local.

De acordo com nota do Sindicato da categoria (SINDIFIM), os profissionais cumpriram integralmente as metas estabelecidas pela Receita Municipal nos ciclos de 2023/2024 e 2024/2025, incluindo uma meta adicional solicitada pela gestão com foco no aumento da receita própria — estratégia voltada à elevação do índice de participação do município no Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) a ser distribuído a partir de 2029.

Apesar do desempenho, os auditores não receberam os reajustes salariais previstos para janeiro de 2024 e janeiro de 2025. Mesmo diante disso, a arrecadação própria do município registrou números recordes em 2024 e manteve resultados positivos já nos primeiros meses de 2025.

Segundo o SINDIFIM, o desempenho do Fisco em 2024 garantiu ao município uma projeção superior a R$ 500 milhões em repasses futuros do IVA, com estimativas que podem ultrapassar R$ 1,5 bilhão até 2079, considerando a média de arrecadação até 2026.

A principal preocupação da categoria é com a possível desmotivação dos profissionais em um momento estratégico para a consolidação dos indicadores que definirão o volume dos repasses a partir de 2029. O sindicato afirma que os esforços feitos até agora não tiveram a devida contrapartida por parte do Executivo municipal.

Mesmo com o anúncio da paralisação, as entidades representativas afirmam manter a expectativa por uma solução negociada que evite prejuízos à cidade e à população.

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