25°C 29°C
João Pessoa, PB
Publicidade

Líder do tráfico na Paraíba que articulava envio de drogas para comunidades do Rio de Janeiro é preso em operação

Líder do tráfico na Paraíba que articulava envio de drogas para comunidades do Rio de Janeiro é preso em operação

Por: Luanja Dantas
13/05/2025 às 17h10 Atualizada em 13/05/2025 às 20h10
Líder do tráfico na Paraíba que articulava envio de drogas para comunidades do Rio de Janeiro é preso em operação
Foto: Reprodução

Uma megaoperação integrada entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Gaeco/MPRJ desarticulou, nesta terça-feira (13), uma célula interestadual da facção criminosa Comando Vermelho (CV), com ramificações diretas na Paraíba. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa e Cabedelo, onde operava um dos chefes da facção no estado.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, o paraibano Jonathan Ricardo de Lima Medeiros, conhecido como Dom, liderava a estrutura criminosa na Paraíba e participava da coordenação nacional do grupo, ao lado de Luiz Carlos Bandeira Rodrigues, o Da Roça, ligado à comunidade da Muzema, no Rio. A dupla articulava o envio de armas e drogas para diversas regiões do país e comandava esquemas de lavagem de dinheiro com o uso de empresas e contas bancárias.

A investigação revelou que a facção "importava" criminosos de outros estados para funções operacionais específicas e usava a Paraíba como uma das bases logísticas para abastecer comunidades do Rio de Janeiro, especialmente na Zona Oeste, onde há intensa disputa com a milícia.

Além da Paraíba, a ofensiva aconteceu em 39 municípios do Rio, incluindo Maricá e Resende, além de localidades em São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. Uma casa de luxo em Novo Leblon, na Barra da Tijuca, foi um dos alvos da operação.

Em um dos endereços, a polícia encontrou armas de grosso calibre e grande quantidade de dinheiro em espécie. Até o momento, dez criminosos foram presos e os suspeitos devem responder por uma série de crimes, incluindo:

  • Associação para o tráfico com uso de armas de fogo;

  • Porte ilegal de arma de uso restrito;

  • Comércio ilegal de armas;

  • Falsidade ideológica.

Segundo a Polícia Civil do Rio, o grupo criminoso mantinha um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, com movimentações de até R$ 5 milhões em menos de um mês. A Justiça já autorizou o bloqueio de até R$ 40 milhões em bens e valores de investigados.

A operação contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Exército Brasileiro e da Homeland Security dos EUA, além das polícias civis dos estados envolvidos.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários