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Hyldon revisita trajetória musical em documentário que celebra 50 anos de “Na rua, na chuva, na fazenda”

Hyldon revisita trajetória musical em documentário que celebra 50 anos de “Na rua, na chuva, na fazenda”

Por: Hermano Araruna
18/06/2025 às 11h05 Atualizada em 18/06/2025 às 14h05
Hyldon revisita trajetória musical em documentário que celebra 50 anos de “Na rua, na chuva, na fazenda”
Foto: Reprodução

Cinco décadas após compor um dos hinos mais emblemáticos da música brasileira, Hyldon retorna aos holofotes, agora como protagonista de As dores do mundo: Hyldon, documentário que remonta sua trajetória e mergulha nos bastidores do disco que consolidou seu nome na soul music nacional. O longa estreia nesta quarta-feira (19), em São Paulo, dentro da programação do festival In-Edit Brasil, voltado ao cinema documental musical.

Lançado em 1975, Na rua, na chuva, na fazenda atravessou gerações. Com sua levada suave, a faixa-título — inspirada em uma paixão platônica vivida pelo artista ainda jovem — se tornou um clássico radiofônico e um marco da fusão entre soul, samba e lirismo cotidiano. Agora, aos 73 anos, Hyldon olha para trás não apenas com nostalgia, mas com o olhar crítico de quem viu o país — e a indústria da música — passar por transformações radicais.

O filme vai além do registro biográfico e propõe um reencontro afetivo com a obra de Hyldon por meio da presença de artistas de diferentes gerações. Liniker, Arnaldo Antunes, Sandra de Sá, Curumin e Seu Jorge participam do documentário com depoimentos e releituras que revelam a permanência e a atualidade da música do baiano radicado no Rio de Janeiro.

Produzido com direção sensível e sem recorrer à idealização excessiva, As dores do mundo também aborda os momentos difíceis da carreira do cantor, desde o apagamento de sua imagem em meio ao sucesso de sua obra até os períodos de afastamento do mainstream. É justamente essa dimensão humana que o documentário parece buscar: o artista que resistiu, reinventou-se e seguiu criando, longe dos modismos, mas perto do sentimento.

Depois da exibição em São Paulo, o filme segue para outras cidades como parte do circuito de festivais dedicados à música e ao cinema. Ainda não há previsão de lançamento em plataformas digitais, mas a expectativa é que o documentário alcance o público mais amplo nos próximos meses.

Hyldon, que nunca deixou de compor e gravar, segue em atividade — e agora, com o respaldo de uma obra audiovisual que celebra sua relevância e complexidade, reafirma seu lugar como uma das vozes mais singulares da música brasileira.

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