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Cassandra Rios: A autora que vendeu milhões, foi censurada — e morreu no esquecimento

Cassandra Rios: A autora que vendeu milhões, foi censurada — e morreu no esquecimento

Por: Luanja Dantas
16/07/2025 às 09h38 Atualizada em 16/07/2025 às 12h38
Cassandra Rios: A autora que vendeu milhões, foi censurada — e morreu no esquecimento
Foto: Reprodução

Durante a ditadura militar, enquanto nomes da literatura brasileira enfrentavam censura, poucos viveram essa repressão de maneira tão intensa — e contraditória — quanto Cassandra Rios. No episódio mais recente do Rádio Novelo Apresenta, a vida e obra da escritora, lésbica e best-seller, ganham novas camadas com a análise das pesquisadoras Ingrid Fagundez e Ana Júlia Prado.

Filha de imigrantes espanhóis, Cassandra desafiou o moralismo da época ao publicar narrativas eróticas protagonizadas por mulheres. Vendeu milhões de exemplares, foi a primeira autora a escrever uma história queer com desfecho positivo no Brasil — e, ainda assim, teve mais de 30 livros censurados pelo regime.

Apesar da popularidade, Cassandra morreu esquecida, em 2002, aos 67 anos, sem o reconhecimento que seu impacto cultural merecia. O episódio lança luz sobre como o preconceito e a marginalização silenciaram sua trajetória, mesmo diante do sucesso comercial.

Mais do que biografia, o podcast propõe uma reflexão sobre os mecanismos de apagamento cultural e a urgência de resgatar vozes que incomodaram — e que ainda ecoam.

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