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Quatro pessoas são indiciadas por esquema de emissão de diplomas falsos para professores na Paraíba

Quatro pessoas são indiciadas por esquema de emissão de diplomas falsos para professores na Paraíba

Por: Luanja Dantas
09/09/2025 às 07h20 Atualizada em 09/09/2025 às 10h20
Quatro pessoas são indiciadas por esquema de emissão de diplomas falsos para professores na Paraíba
Foto: Reprodução

Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil por envolvimento em um esquema de emissão de diplomas falsos para professores na Paraíba, que causou um prejuízo estimado em R$ 2,4 milhões às vítimas. Entre os indiciados estão Eraldo Alves de Sousa, apontado como líder e dono da empresa investigada; Antônio de Jesus, operador falsificador; e Olavo e Eri, responsáveis pela captação de interessados.

Os crimes atribuídos ao grupo incluem associação criminosa, estelionato, falsidade documental e publicidade enganosa. A investigação revelou que a empresa era utilizada para dar aparência de legalidade aos cursos, alegando vínculo com uma universidade do Paraguai. Apesar de existir relação com instituições estrangeiras, os diplomas emitidos não tinham validade jurídica no Brasil nem eram reconhecidos pelo MEC.

As vítimas pagaram mensalidades, taxas de banca examinadora, processos de revalidação e outras despesas acreditando na regularidade dos cursos. A maioria dos prejudicados são professores da rede pública de ensino de cidades do Curimataú paraibano, como Barra de Santa Rosa, Damião, Cuité, Picuí, Sossego, Nova Palmeira, Pedra Lavrada e Frei Martinho, além de localidades do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Ao todo, cerca de 90 professores foram enganados apenas na Paraíba.

Segundo o delegado Iasley Almeida, os operadores de captação atuavam diretamente nas cidades, abordando professores e prometendo mestrado e doutorado. Já no Espírito Santo, Antônio de Jesus produzia os diplomas falsificados em nome de universidades públicas e privadas, encaminhando-os às vítimas. Com esses documentos, alguns professores chegaram a obter promoções e salários maiores, mas perderam os cargos após a descoberta do golpe.

Além das pessoas, diversas universidades brasileiras foram prejudicadas, já que seus nomes, logotipos e selos eram utilizados de forma fraudulenta nos diplomas emitidos pela organização criminosa.

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