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Salgadinho celebra os Cariri: três dias de história, rituais e resistência no Sertão

Salgadinho celebra os Cariri: três dias de história, rituais e resistência no Sertão

Por: Hermano Araruna
09/09/2025 às 15h21 Atualizada em 09/09/2025 às 18h21
Salgadinho celebra os Cariri: três dias de história, rituais e resistência no Sertão
Foto: Reprodução

No sertão da Paraíba, Salgadinho vai se transformar em um cenário vivo da história indígena. Entre 12 e 14 de setembro, o município recebe a Confederação dos Cariri, encontro que traz representantes de diversas etnias do Brasil para reviver tradições, rituais e memórias de um movimento que resistiu à colonização europeia entre 1683 e 1713.

O acampamento será montado nas proximidades da Barragem Nova, no Túnel da Barragem, e promete ser mais do que um espaço de celebração: será um lugar de aprendizado, troca cultural e imersão histórica. Visitantes poderão acompanhar apresentações de danças tradicionais, cerimônias rituais e palestras que exploram a história e a cultura dos Cariri, enquanto guiados por especialistas terão a chance de explorar sítios arqueológicos milenares que preservam registros da arte e da vida indígena.

O ponto alto do encontro será na Grota do Morcego, local emblemático da região e referência para arqueólogos, onde se concentram vestígios que contam histórias de séculos. Cada pedra, cada desenho e cada fragmento do local reforçam a importância da preservação da memória indígena.

Para o ex-prefeito Marcos Alves, o evento é também uma oportunidade de colocar Salgadinho no mapa do turismo cultural e científico. “A cidade tem muito a oferecer em termos de patrimônio e história. Receber esse encontro valoriza nossa identidade e aproxima as pessoas das nossas raízes”, afirma.

Organizadores estimam que o encontro atraia pesquisadores, turistas e curiosos, todos ansiosos para vivenciar a cultura indígena em primeira mão. Mais do que uma celebração, a Confederação dos Cariri é um convite para refletir sobre a resistência, a memória e a força dos povos originários, mostrando que, mesmo séculos depois, sua história continua pulsando no sertão nordestino.

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