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Escândalo na UNIFIP de Patos (PB): desvios, demissões e dossiê para o Ministério Público

Reitor revela esquema de fraudes internas em Centro Universitário de Patos; 18 já foram dispensados, e investigação avança com documentos e auditorias.

Por: Hermano Araruna
06/10/2025 às 09h51
Escândalo na UNIFIP de Patos (PB): desvios, demissões e dossiê para o Ministério Público

A mais recente crise institucional em Patos (PB) veio à tona com denúncias de desvios e fraudes no Centro Universitário de Patos (UNIFIP). O reitor da instituição, João Leuson, afirmou ao Blog do Jordan Bezerra que o esquema vinha sendo mantido há meses e envolvia funcionários de confiança, alguns deles com patrimônio incompatível e que chegou ao ponto de envolver parentes por omissão. 

Durante as investigações internas, encontraram-se planilhas adulteradas, notas fiscais suspeitas e projetos de obras manipulados nos computadores dos suspeitos. Um exemplo citado: contratos de manutenção de ar-condicionado que ultrapassavam R$ 20 mil mensais, valor considerado incompatível com a realidade da instituição. Ainda segundo Leuson, materiais da universidade foram desviados para uso pessoal, inclusive levados para a propriedade rural de um dos acusados. 

Até agora, 18 pessoas já foram desligadas por envolvimento direto ou omissão no esquema. Há previsão de novas demissões conforme a auditoria aprofunda-se. O reitor garante que o trabalho de apuração continua com cruzamento de documentos contábeis, financeiros e patrimoniais, objetivando consolidar um dossiê que será entregue ao Ministério Público da Paraíba para que a ação criminal siga seu curso. 

João Leuson classificou o episódio como um escândalo institucional e defendeu que “o crime não compensa”. Ele ressalta que, desde a constatação das primeiras indícios, o processo de investigação interna foi conduzido com cautela, assegurando os direitos de defesa dos envolvidos.

Com a repercussão, a UNIFIP busca recuperar credibilidade perante estudantes, servidores e sociedade local. O próximo passo é acompanhar o desdobramento legal após o Ministério Público assumir o comando do processo criminal, o que determinará responsabilidades e medidas judiciais cabíveis.

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