Após anos de especulações sobre o não lançamento do clipe da música "Put It in a Love Song", parceria entre Beyoncé e Alicia Keys, finalmente a verdadeira razão por trás da decisão de vetar o clipe foi revelada. Em uma entrevista recente ao apresentador Carlos King, Mathew Knowles, pai de Beyoncé e ex-empresário da cantora, revelou que o clipe, filmado no Rio de Janeiro em 2010, foi engavetado devido a um conflito envolvendo traficantes locais da favela de Santa Marta, na zona sul carioca.

Segundo Mathew, a gravadora Sony falhou em um acordo financeiro com os traficantes da região, o que levou a uma situação tensa e perigosa para a equipe. "A Sony não tinha pago os bandidos, e as duas tiveram que sair de lá de helicóptero", afirmou ele durante a conversa. Este incidente, segundo Knowles, foi o verdadeiro motivo por trás do cancelamento do projeto.

Mathew, que atualmente tem contrato como diretor de marketing da Bangi Inc., uma empresa que compra e aluga imóveis para fazendas de plantações de maconha, também esclareceu que, até hoje, muito do que aconteceu durante as filmagens do clipe nunca foi revelado ao público. "Muita coisa que as pessoas não sabem, isso é o que realmente aconteceu e, por isso, ninguém falou sobre o motivo", completou.

O clipe de "Put It in a Love Song" já havia gerado grandes expectativas entre os fãs, especialmente após a gravação no Brasil, um dos maiores momentos de conexão entre Beyoncé e o público brasileiro. Filmado em locais emblemáticos do Rio de Janeiro, o clipe nunca chegou a ser divulgado, alimentando diversas especulações sobre os motivos do seu cancelamento.

Em 2016, Alicia Keys foi questionada sobre o não lançamento do clipe e sugeriu que a decisão estava relacionada a questões criativas e logísticas, sem entrar em detalhes sobre a situação no Rio de Janeiro. Até o momento, nem a Sony, nem as artistas envolvidas se pronunciaram publicamente sobre as declarações de Mathew Knowles.

Essa revelação não só coloca luz sobre um episódio pouco conhecido da carreira de Beyoncé, mas também traz à tona a complexa relação entre grandes produções musicais e as realidades locais em países como o Brasil. A história ainda gera discussões sobre as dificuldades enfrentadas pelos artistas ao gravar em áreas de risco, e o impacto que essas experiências podem ter nas decisões do mercado.