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Conselheiro de facção e guarda municipal são alvos de operações na Paraíba, RN e no Rio

A Operação Levitã tem como objetivo desarticular núcleos da Nova Okaida, com o cumprimento de 30 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão

Por: Redação Fonte: ParaíbaON
05/11/2025 às 08h26 Atualizada em 05/11/2025 às 08h28
Conselheiro de facção e guarda municipal são alvos de operações na Paraíba, RN e no Rio

A Polícia Civil da Paraíba deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), duas operações simultâneas, Levitã e Libertas, contra integrantes de facções criminosas que atuam no estado. As ações ocorrem em oito cidades paraibanas, além de pontos no Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, e cumprem mais de 60 mandados judiciais, entre prisões e buscas e apreensões.

De acordo com a corporação, as duas operações foram deflagradas ao mesmo tempo porque um dos alvos era comum aos dois inquéritos. Esse investigado é apontado como líder da facção Nova Okaida nas cidades de Cubati e São Vicente do Seridó, sendo suspeito de ordenar diversos homicídios na região do Curimataú paraibano.

A Operação Levitã tem como objetivo desarticular núcleos da Nova Okaida, com o cumprimento de 30 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão. Segundo a Polícia Civil, 12 dos investigados já estavam presos, mas continuavam a comandar ações criminosas de dentro do sistema penitenciário, utilizando celulares de forma ilegal.

Entre os principais alvos, estão um presidente da Nova Okaida, já detido, responsável pela “palavra final” da facção no interior do estado; um conselheiro foragido, apontado como líder da facção na zona leste de Campina Grande e diversos “linhas de frente” atuantes em cidades do Curimataú e comunidades de Campina Grande.

A Polícia também identificou dois investigados no Rio Grande do Norte que vendiam armas para a organização. Uma das armas negociadas, uma submetralhadora calibre 9 mm produzida em impressora 3D, foi apreendida em março, durante uma operação conjunta em Nova Floresta.

Já a Operação Libertas tem foco em investigar homicídios e tráfico de drogas ligados à mesma organização criminosa. Segundo as investigações, um membro da facção foi executado em 21 de abril deste ano a mando dos próprios comparsas.

Entre os alvos está um ex-guarda municipal, que havia perdido o cargo após ser condenado por assalto a banco em 2022, mas foi recontratado em 2025 por “excepcional interesse público”. De acordo com a Polícia, ele recebeu mais de R$ 10 mil em salários enquanto continuava envolvido com o grupo criminoso.

As duas operações seguem em andamento, e novas prisões não estão descartadas.

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