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Prefeita de cidade paraibana pode ser cassada por compra de votos e abuso de poder nas Eleições 2024

Manifestação do MPF alega que há provas suficientes de captação ilícita de votos, abuso de poder político e econômico e uso indevido da máquina pública.

Por: Redação Fonte: ParaíbaON
14/11/2025 às 05h13
Prefeita de cidade paraibana pode ser cassada por compra de votos e abuso de poder nas Eleições 2024

O Ministério Público Federal pediu que a prefeita de Areia, Silvia Cunha Lima, e o vice-prefeito, Luiz Francisco dos Santos Neto, percam seus cargos e fiquem oito anos sem disputar eleições. O órgão afirma que existem provas de que a gestão teria realizado ações irregulares durante a campanha de 2024, usando a estrutura da Prefeitura para beneficiar a candidatura da prefeita.

A defesa de Silvia nega as acusações e diz que tudo faz parte de uma tentativa de prejudicar politicamente a gestora. O advogado da prefeita declarou estar confiante de que ela não será afastada, afirmando que existem documentos que provam sua inocência. A própria prefeita disse estar tranquila e garantiu que não cometeu irregularidades. 

Segundo o Ministério Público, há indícios de que cestas básicas foram distribuídas perto da eleição com objetivo de influenciar o voto de moradores. O órgão afirma também que houve aumento incomum nos gastos com combustível, contratações acima do normal e mistura de alimentos da merenda escolar com itens comprados para cestas básicas, o que indicaria improviso para fins eleitorais.

Três funcionários da Prefeitura foram detidos no dia 4 de outubro, dois dias antes da votação, transportando cestas básicas em carros oficiais e manipulando alimentos em um prédio público. Parte dos itens era da merenda escolar. Um morador relatou que recebeu uma dessas cestas e que a prefeita esteve em sua casa no mesmo dia pedindo voto. A defesa apresentou um recibo datado do dia 3, mas o Ministério Público acredita que a data teria sido alterada para esconder a entrega feita no dia 4.

O órgão afirma ainda que a Prefeitura não apresentou listas, registros ou justificativas oficiais sobre a distribuição das cestas, algo obrigatório quando se trata de ações sociais planejadas. Já a defesa da prefeita diz que entregou documentos e que eles não foram analisados corretamente.

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