
O reservatório de água da Cagepa que se rompeu no dia 8 de novembro, em Campina Grande, causando a morte de uma idosa e ferindo outras duas pessoas, foi construído na década de 1960 e, segundo a própria companhia, não tinha registro técnico formal. As informações foram confirmadas pelo presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Neves.
De acordo com Marcus Vinícius, a estrutura não estava na lista de tanques mais perigosos da empresa. Ele disse que ela era considerada “integra” segundo os critérios da Cagepa, sem sinais evidentes de vazamento ou deterioração visível.
A Cagepa afirmou que realiza um processo chamado “recuperação de reservatórios”, no qual os tanques são esvaziados, limpos por dentro e inspecionados por engenheiros que usam filmagens para verificar o estado das estruturas.
Quando questionado sobre quando foram feitas as últimas inspeções, o presidente disse não saber exatamente, mas afirmou que o reservatório estava sempre cheio, o que dificultava uma avaliação mais profunda.
Ele também confirmou que não havia Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para esse reservatório. Esse é um documento importante para associar um profissional (como engenheiro ou arquiteto) à manutenção ou fiscalização da estrutura.
Por fim, o governo estadual formou uma comissão para investigar as causas do rompimento. O Ministério Público da Paraíba também abriu uma apuração para responsabilizar quem for cabível.